quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Será que não era essa a intenção?

Ontem o presidente Lula soltou uma frase aparentemente engraçadinha sobre o imbróglio criado por ele mesmo dias antes da compra dos caças para a Força Aérea Brasileira. "Daqui a pouco vou receber de graça", disse Lula, referindo-se ao aceno dos EUA, reforçando a intenção de continuar na briga pelo negócio com os brasileiros (ao lado dos suecos, os norte-americanos foram surpreendidos pelo anúncio de Lula e Sarkozy de que os caças franceses seriam adquiridos, relato desmentido depois pelo ministro Nelson Jobim).

Na verdade, a declaração do presidente não é nada engraçada. Primeiro porque ele fala na primeira pessoa sua frase quando se refere a receber os aviões de guerra. E segundo porque a atitude demonstra menosprezo pelas contraditórias declarações dos últimos dias. Parece que Lula não está incomodado com o diz-que-diz. Parece, sim, que o anúncio do acerto com a França foi proposital justamente para atiçar os outros interessados no processo (EUA e Suécia).

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